segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sem Título

Não há nada como ao voltar para casa a pé, passando por estradas da cidade universitária e do campo grande, cheias de trânsito, condutores furiosos, outros distraídos, a correr em contra-relógio para conseguir passar ainda aquele sinal verde antes que caia o vermelho! e quando cai o vermelho apitam, sabe se lá para quem.. possivelmente para o semáforo, que coitado só faz o trabalho dele. ou então apitam para a pessoa da frente a rogar pragas à sua existência, pois se não existisse não estaria na estrada e provavelmente a pessoa tinha passado aquele sinal verde. e com isto já me perdi do "não há nada como..." mas não faz mal, já lá volto. é estranho passar pelos passeios, e ver as pessoas não como pessoas, mas como indivíduos! sérias, tensas, uma imensa nuvem cinzenta que as rodeia! a vida q as persegue, rotineira, chata, com crianças a cuidar, com um marido chato e bruto a alimentar, com roupa por passar, máquinas de lavar de gritam por elas, e os homens com um campo tenso à volta deles também, com uma mulher chata a alimentar financeiramente, a alimentar de explicações, chegar a casa e ainda ter de ouvir as coisas que as amigas da mulher lhe contaram ao telefone, entre outras coisas inerentes à junção homem-mulher como casal. que são deveras engraçadas e peculiares, tanto que é possível construir protótipos de homem e mulher, coisa em q nunca acreditei, mas a verdade é que as mulheres têm o direito de dizer "enfim...homens.. sniff" e os homens têm todo o direito de dizer "foda-se...mulheres do caralho" :-) acho que ja divergi outra vez do tema, mas também não faz mal.

Isto tudo para dizer que ao passar por pessoas sombrias, e carros furiosos, e uma parte da cidade acinzentada com um ar pesado a escape, é uma sensação fantástica passar por dois gatinhos quase acabados de chegar ao mundo, pequeninos, mendigos de rua...duas crianças amorosas a saltitar no jardim, a brincar num buraco que la estava, a lutar com a relva, a comer a cauda um do outro, acho que conseguiram cativar a minha atenção durante uns breves 3 minutos, tempo esse que me passou isto tudo pela cabeça e muito mais. ah e isto tudo ao som de pink floyd, deu o seu toque de magia.

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